Garrafas

Não resta dúvida para ninguém (acho que pelo menos para a maioria) que a melhor forma de armazenar qualquer bebida é a garrafa de vidro (falarei das embalagens bag-in-box em outra oportunidade). Uma rápida pesquisa informal entre os diferentes bebedores de cerveja, cachaça, uísque, vodka, refrigerante, água, etc; chegaremos a conclusão que o recipiente feito a partir de dióxido de silício, carbonato de sódio e carbonato de cálcio (a composição básica do vidro) é a melhor forma de guardar qualquer líquido, principalmente para consumo.
Alguns historiadores afirmam que os fenícios teriam descoberto o vidro em 3.000 AC. Também há relatos ou evidências do seu uso por volta de 1.500 AC pelos egípcios. Foram os romanos que incrementaram a sua produção e uso, mas inexplicavelmente, ela desapareceu com a queda do seu Império. O Império bizantino foi o responsável pela reintrodução da garrafa de vidro na Europa; mas foi somente no século 16 em Veneza, que essa indústria começou a se sedimentar.
Até a Itália começar a armazenar vinho em garrafas no século 17, esse fermentado era colocado nos mais diferentes recipientes existentes na época (pipas de barro, cabaças, ânforas e por aí vai...), proporcionando um sabor bem diferente do atual, para não dizer intragável (eu acho...).
O grande impulso na produção industrial de garrafas de vinho se deu no inicio do século 20, surgindo a partir daí, diferentes formas e tamanhos na Europa, espalhando-se assim pelo mundo afora.
Seguem abaixo os formatos e tamanhos mais usados no Mundo. As “Clássicas”:

BORDALESA
Originária da Região de Bordeaux, ela é a mais usada no Mundo e praticamente presente em todas as residências, supermercados e restaurantes. As exceções são os vinhos feitos a partir das castas: Pinot noir, chardonnay e syrah (de alguns países); dos espumantes, os doces, os fortificados e de determinadas regiões (Alsácia, Borgonha e Rhône). Ela tem “pescoço longo e ombro abrupto”, com a cor mais para o escuro, obviamente para proteger o vinho da luminosidade.

BORGONHESA
Como o nome sugere, ela é oriunda da Borgonha e usada para todos os vinhos dessa Região e muitos do Vale do Loire e Rhône, assim como para os vinhos feitos das castas pinot noir e chardonnay. Ela tem formato um pouco mais largo na base e bojo, quando comparada à bordalesa, sem “ombro” e com afinamento gradual até o gargalo.

RENANA E ALSACIANA
Mais alta e delgada que a borgonhesa, ela é usada na Alsácia (França) e na Região do Reno (Alemanha). São apresentadas nas cores: Verde, preto, caramelo e azul.


CHAMPAGNE
Usada para todos os espumantes de todas as regiões ao redor do planeta, essa formato clássico criado na Região de Champagne é inconfundível até para um ET. Ela é mais alta que as demais, com uma espessura de casco mais grossa para suportar a pressão do gás carbônico presente nesse vinho.

OUTRAS FORMAS
Do Chianti
Italiana, da região da Toscana, é denominada fiasco, bojuda na base e revestida de palha externamente, tradição antiga para reforçar as garrafas contra quebra.
Do Porto
Portuguesa, semelhante à bordalesa, porém geralmente mais baixa e de linhas mais retas e com vidro mais escuro.
Do Jerez
Espanhola, semelhante à do Porto, porém geralmente mais alta.
Franconia
Alemã, da região de Franken, é denominada bocksbeutel, possui corpo achatado no eixo antero-posterior e bojudo na base.
Do Verdicchio
Italiana, da região de Marches, possui forma semelhante a um violão ou um peixe.

DIFERENTES TAMANHOS
A maioria das garrafas vendidas no mercado mundial, tem capacidade de 750 ml, que poderíamos chamá-la de tradicional; mas existem outras disponíveis, como por exemplo: A meia-garrafa de 375 ml, a miniatura de 187,5 ml (existem também de 175 e 160 ml) e a magnum de 1,5 litro.
Para as champanhes, temos as seguintes garrafas:
Jéroboam
3 litros
Rehoboam
4,5 litros.
Matuzalém ou Imperial
6 litros
Salmanazar
9 litros
Baltazar
12 litros
Nebucodonozor
15 litros

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