Surpresa grega 2

Os gregos continuam surpreendendo positivamente. A mesma vinícola do Rapsani 2008 a Tsantali, mandou para o Brasil via Carrefour, o Nemea reserva 2007. Desta feita um varietal com a casta nativa agiorgítiko. Essa uva é uma das mais representativas da Grécia (também chamada de São George).
É um vinho bem fácil de se beber, com sabor de cereja ou frutas vermelhas, além de couro. Pela proximidade com a Itália, esses gregos lembram bastante os italianos da Toscana.
O custo no supermercado saiu por R$36,00. Vale a pena provar!

Taças

Ninguém duvida que uma das bebidas mais "charmosas" é o fermentado da uva, seja ele um tinto, um branco ou um espumante. Tanto o ritual da degustação como o da harmonização com um saboroso prato, encantam e dão prazer a todos nós. Para não estragar o momento com os amigos ou com a amada (o), a escolha da melhor taça é essencial, e se for de cristal melhor ainda. Não é frescura não! O copo ou taça de cristal é o melhor recipiente que se conhece para beber qualquer bebida.

A mineralogia explica que na verdade o vidro cristal e o vidro comum são quase "gêmeos" univitelinos, a diferença está na composição. O que chamamos genericamente de cristal é composto somente de óxido de chumbo e de sílica; já o vidro comum é feito com sílica, óxido de alumínio, óxido de sódio e óxido de cálcio.
Existem padrões internacionais de classificação; como exemplo, os ingleses estabelecem um padrão de 24 a 30% de óxido de chumbo para os cristais de qualidade. A presença do chumbo na composição confere à taça mais leveza, delicadeza e sonoridade; sua espessura é mais fina e sua parede mais porosa. O cristal tem o brilho mais intenso e alto poder de refração da luz. Essas características proporcionam três vantagens sobre o vidro comum:
Melhor visualização da coloração do vinho, melhor conservação da temperatura e melhor concentração de aromas.

Lógico que elas acabam sendo mais caras e frágeis, mas acho que vale a pena o investimento. Também não se preocupem com uma "possível" contaminação por chumbo, muito presente na composição do cristal, pois para que ele comece a ter algum risco para a saúde, a bebida teria que ficar pelo menos um ano direto em contato com a parede da taça, e isso é impossível de acontecer.
Existem diferentes formatos de taças, adequadas para cada tipo de vinho (para se ter uma ideia, há fabricantes que produzem mais de 400 tipos). Para não errar, o mais fácil é se ater no padrão básico, como segue abaixo:

Modelo Bordeaux
Tem o bojo grande com a borda mais fechada, que ajuda na concentração dos aromas. É indicada para vinhos com taninos mais ricos e encorpados, como os feitos com: Cabernet sauvignon, merlot, syrah e tannat.

Modelo Borgonha
Tem o formato balão (bojo maior que as de Bordeaux) para que tenha mais contato com o ar , liberando os aromas mais rapidamente. É ótima opção para os vinhos elaborados a partir da uva pinot noir (típica da região de Borgonha). A pinot noir origina vinhos geralmente mais complexos e concentrados (pelo menos deveria ser assim), daí a necessidade de maior "aerificação".

Modelo para vinhos brancos
Ela tem o formato muito parecido com as de Bordeaux, a diferença está no tamanho que é menor. A lógica está na temperatura de serviço dos brancos que é mais baixa que a dos tintos. Quanto menor o recipiente, menor é a troca de calor com o ambiente.

Modelo para espumantes ou champanhe
É a que chamamos de flûte ou flauta. A taça fina favorece a efervescência e os aromas, assim como facilita a observação e o fluxo das borbulhas.

Não podemos também esquecer das taças dos fortificados ou vinhos doces. Obviamente como esses tipos de vinho são bebidos em menor volume, as taças precisam ser bem menores. Para os chamados "digestivos", os famosos licores, podemos usar as mesmas taças.

"Bons brindes" !!!

Surpresa grega

Bebi ontem um belo exemplar da vitivinicultura grega que é coisa rara aqui no Brasil. Trata-se do Rapsani 2008 da Vinícola Tsantali (Região de Halkidiki). Produzido com um corte das uvas autóctones: xinómavro, stavrotó e a krasáto... Um vinho muito fresco que cai bem com qualquer carne vermelha e molho aromático.
O que mais sobressai são os aromas fortes de couro e tabaco.
O Carrefour está importando e nas suas lojas está sendo vendido por cerca de R$35,00. Bom custo-benefício. Vale a pena provar!