Vinhos de Minas e Goiás. Eles existem e são bons... Acreditem!

Na Expovinis 2013 da semana passada em São Paulo, dentre as "estrelas" de sempre e os "pesos-pesados" do mercado, dois stands se destacavam, se não pela fama, pelo menos pela curiosidade. Tratavam-se dos espaços dedicados aos vinhos produzidos em Minas Gerais e Goiás. 
Muito além do pão de queijo e do pequi, esses dois gigantes Estados da Federação mostravam suas caras, ou melhor, suas "videiras viníferas"... Além do esforço de ambos na busca pela qualidade para competir nesse disputadíssimo mercado, eles terão que trabalhar forte para derrubar o preconceito e a desconfiança de consumidores e comerciantes. E a melhor estratégia a meu ver é a degustação às cegas com os seus pares.
Do Sul de Minas, mas precisamente na Cidade de Andradas, temos a Casa Geraldo. Há 30 anos instalados nessa Região, podemos destacar os seguintes vinhos finos:
Shiraz Casa Geraldo 2012, o Sauvignon Alma, o Chardonnay Arte e o Reservado Cabernet/Merlot/Tannat (medalha de prata no V Concurso Internacional de Vinhos do Brasil-2010). 
Todos bem honestos e que merecem ser experimentados.


Da Serra dos Pireneus (Cocalzinho de Goiás), a Pireneus Vinhos e Vinhedos da produtora Adriana Carvalho nos surpreende com dois bons vinhos degustados durante a feira: 
O Bandeiras 2010, produzido com a barbera, uva italiana do Piemonte, que parece se aclimatou bem ao cerrado. Bem frutado e com acidez equilibrada, bem ao gosto do consumidor brasileiro.
O outro é o Intrépido Syrah 2010 (com percentual pequeno de tempranillo) com passagem em barrica francesa. Os produtores juram que tem excelente potencial de guarda. Precisamos conferir.

Bons Brindes !

"Delírio aromático" de um Sommelier.

A diversidade aromática de um vinho, principalmente daqueles mais estruturados é inquestionável, mas acho que devemos, pelo bem da credibilidade do mundo do vinho, evitar "delírios" ou cretinices que só ridicularizam o ritual de degustação de um bom fermentado de uva. Vejam o que o dito "renomado" sommelier canadense Guénael Revel escreveu na edição do seu "Guide des Champagnes et des Autres Bulles - Revel 2012" sobre o espumante da Casa Valduga,  o Maria Valduga...
-"Raro e de prestígio, com sabores atraentes de TORTA DE AMÊNDOAS (sic) , BOLO DE LIMÃO (sic) e frutas cristalizadas"...    Será que ele estava com fome ?

Menos Revel, por favor!